O MAIS PROFUNDO SO SEU SER

Saiba que no mais profundo de seu ser, nos recessos mais recônditos de seu coração, moram a Deusa do Conhecimento e a deusa da Riqueza. Ame-as e alimente-as, e todos seus desejos desabrocharão espontaneamente em forma material. Afinal, essas deusas possuem um único desejo. Elas querem nascer.

-Deepak Chopra (Criando Prosperidade)
Foto: Saiba que no mais profundo de seu ser, nos recessos mais recônditos de seu coração, moram a Deusa do Conhecimento e a deusa da Riqueza. Ame-as e alimente-as, e todos seus desejos desabrocharão espontaneamente em forma material. Afinal, essas deusas possuem um único desejo. Elas querem nascer.  -Deepak Chopra (Criando Prosperidade)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

NÃO SE DIZ AO TRISTE QUE SE ALEGRE


 Não se diz ao Triste que se Alegre 
Luís de Camões
Pouco sabe da tristeza quem, sem remédio para ela, diz ao triste que se alegre; pois não vê que alheios contentamentos a um coração descontente, não lhe remediando o que sente, lhe dobram o que padece. Vós, se vem à mão, esperáreis de mim palavrinhas joeiradas, enforcadas de bons propósitos. Pois desenganai-vos, que, desde que professei tristeza, nunca mais soube jogar a outro fito. E, porque não digais que sou gente fora do meu bairro, vedes, vai uma volta feita a este mote, que escolhi na manada dos enjeitados; e cuido que não é tão dedo queimado que não seja dos que el-rei mandou chamar; o qual fala assim:

Não quero e não quero
jubão amarelo.

Se de negro for
também me parece
quanto me aborrece
toda a alegre cor:
cor que mostra dor,
quero e não quero
jubão amarelo.

Parece-vos que se pode dizer mais ? Não me respondais: «Quem gabará a noiva?» Porque assentai que foi comendo e fazendo, ou assoprando, que não é tão pequena habilidade. E, porque vos não pareça que foi mais acertar que querê-lo fazer, vedes, vai outra do mesmo jaez, contanto que se não vá a pasmar:

Perdigão perdeu a pena,
não há mal que lhe não venha.

Em um mal outro começa,
que nunca vem só nenhum;
e o triste que tem um
a sofrer outro se ofereça;
e só pelo ver, conheça
que basta um só que tenha
para que outro lhe venha.

Luís Vaz de Camões, in "Cartas"


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